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Mulher maravilha: um elogio ou um fardo?


Que mulher nunca ouviu esse “elogio” uma vez na vida pelo menos? Geralmente a enaltecendo por dar conta de tudo, equilibrar vários “pratinhos” ao mesmo tempo. E quanto mais ouvimos este elogio, mais caímos numa falácia: a mulher precisa ser multitarefa, e dar conta de tudo faz parte da obrigação inerente ao ser mulher. Será mesmo?


Vivemos em sociedade machista, fato! O machismo estrutural está mais que inserido em tudo e permeia nossa criação desse que nascemos. Achamos normal e brincamos de casinha com a mamãe enquanto o papai vai trabalhar. E crescemos vendo as mamães cuidando da casa, filhos, além de trabalharem fora. Normalizamos isso. Olhamos com uma certa estranheza o oposto, o homem que assume todos esses papéis (felizmente temos sim, mas ainda uma considerável minoria comparados às mulheres).


Quando nos damos conta que não precisamos ser essa mulher maravilha, que não temos obrigação nenhuma de dar conta de tudo é que nem é saudável para nós assumirmos esse papel, aí começamos a pensar na nossa saúde mental.


Ao dividirmos as tarefas de casa com o cônjuge, ao deixamos os filhos com os pais, para sairmos, espairecer um pouco, não estamos sendo ruins, péssimas mães ou companheiras. Estamos sendo justas, estamos dividindo tarefas, afinal, em lugar nenhum está escrito que casa e filhos são obrigações únicas ou preferenciais da mulher (quando ambos trabalham e precisam dividir tais funções).


Então, que tal começarmos hoje a não mais normalizar este elogio, de ser uma mulher maravilha, que dá conta de tudo? O que nós mulheres queremos e precisamos é respeito e equidade! Em casa, no trabalho e vida!


Eu me orgulho de não tentar ser uma mulher maravilha. E você? Texto escrito pela nossa nova colunista, que está estreando por aqui hoje, a psiquiatra Tássia Muller CRMPR 25816 - RQE 2330 #saudementaldamulher #cargamental #sobrecargafeminina #saudementalmaterna #burnoutmaterno

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