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Minha carne é de carnaval? - por Danieli Pantoja


No carnaval, corpos a mostra fantasias saem do plano das idéias e ganham as ruas. Uma reflexão pertinente é o teor das fantasias femininas, em grande medida tem conotação sexual, bombeira, policial, salva vidas, enfermeira dentre outras. Nos cabe questionar, minha carne é de carnaval? O fenômeno da objetificação do corpo feminino no cotidiano é potencializado no carnaval. Uma vez concebido como objeto, por consequência entende-se que está à disposição do outro.


A partir da objetificação do corpo ocorre a Importunação sexual: constrangimento a outra por meio de práticas libidinosas tipifica como crime atos como passar a mão em alguém, divulgar imagens de cenas sexuais sem o consentimento da outra parte.


PASMEM que apenas em 2018 com a Lei 13.718/18 essa forma violência contra mulher foi considerada como crime, até então era contravenção penal, ou seja, mediante pagamento de multa o agressor era liberado perante multa. 🙄🙄🙄🙄


Ainda hoje com o movimento NÃO É NÃO, mulher é considerada como:

Triste, louca ou má.

Será qualificada Ela quem recusar

Quando a mulher recusa a investida de alguém, há quem de forma saudosa diga: “Tempo bom era o das micaretas, a gente pegava a menina pelo pescoço e beijavaOI?! Como Assim?! 😒😒😒😒

Eu não me vejo na palavra Fêmea: alvo de caça Conformada vítima


Há quem diga que negar aquela pegada no cabelo, segurar a mão, puxar pelo braço e palavras que de cunho sexual que nos dirigem é MI MI MI, já diz o ditado popular “tá pensando que aqui é bagunça?” MEU CORPO MINHAS REGRAS!!!


Um dado interessante é que após a negativa geralmente o homem tem a postura de desqualificação da mulher. Ou seja a mulher é vítima em dobro, o ato violento em si e a desqualificação mediante sua negativa, ou seja, há impedimento de sua liberdade sexual!

Então convido vocês para uma reflexão:

Eu já fui violentada?

E quem sabe a reflexão mais importante:

Eu já cometi essa forma de violência? Texto escrito pela psicóloga Danieli Pantoja (CRP 10/03464).

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